domingo, 24 de janeiro de 2016

Bloquinho, seu amiguinho

Eu tinha prometido a mim mesmo não pôr no papel mais nada que me afligisse. O mundo não perdoa chorosidades infrutíferas, e o que escrevo parece ridículo depois de um tempo. Mas cheguei à conclusão que é para ser assim mesmo. As linhas do bloquinho, ou a tela em branco, têm este propósito purificador - e abençoado - de amainar a dor.


E dores não faltam. O que falta mesmo é maturidade suficiente para lidar com os reveses. Daqui do meu quartinho vejo muitas pessoas, eu incluído, reagindo muito mal quando as coisas não saem como o planejado. Alguns choram; outros praguejam. A maioria se levanta com cicatrizes insaráveis, à primeira vista. Já estive nos três grupos.

Acontece que não dá para planejar a vida, em muitos aspectos. Só que nos esquecemos disso, e acreditamos sempre estar no controle. E enquanto fazemos nossos mirabolantes planos, Deus ri. Eu sei, você duvida da existência dele, não é? Mas eu não. É desse ponto de vista que eu vejo a vida.

Então, talvez seja o caso de ampliar nossos horizontes para descobrir que existe quem reaja com serenidade e se anime, pois sabe que um tombo pode ensinar mais sobre não cair que um conselho. Vai pra frente, amigo. Não tem como mudar o que já passou. E use sempre o bloquinho, seu melhor amigo.

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