sábado, 22 de fevereiro de 2014

Cansaço, cozinha e falta de educação

Meu sábado foi dividido basicamente em duas tarefas das mais nobres e honradas: dormir e cozinhar. Até ameacei fazer alguma coisa pela manhã, mas o cansaço me venceu. Acordei de novo, desta vez para almoçar, e daí me bateu uma vontade danada de fazer umas comidinhas.

Desde pequeno a cozinha me fascina. Sempre gostei de criar coisas (que nem sempre ficam boas, é verdade). Lembro que minha avó tinha um livrinho, herdado da tia Ruth, com verdadeiras preciosidades, como biscoitos de nata ou bolo Luis Felipe, ambos complicados de fazer, porém deliciosos.

Empadão de frango: é o que temos para hoje


Cozinhar, para mim, tem um efeito terapêutico. É a hora em que eu me desligo do mundo, me encontro, converso comigo mesmo. Preciso demais de momentos assim, de calma e relaxamento. Se tiver uma cervejinha, então, a coisa melhora muito. E assim foi hoje.

Falando em relaxamento, ou melhor, na falta de, hoje me dei conta de como o mundo está falando cada vez mais alto. No shopping, as pessoas não conversam mais. Quando o fazem, tem que ser como repórter no carnaval, gritando nos ouvidos do interlocutor. Que coisa estranha.

De uma maneira geral, tenho visto muito pouca civilidade nas ruas. A pessoa te dá um encontrão - mesmo sem querer -, olha para a sua cara, e vai embora. No transporte coletivo, então, é um negócio que vou te contar. Nada me deixa mais irritado do que alguém que se faz de morto para não ceder lugar a outra pessoa mais necessitada.

Triste e sintomático comportamento de uma sociedade que ridiculariza (ou desconhece) boas maneiras e vê valores na falta de educação.

2 comentários:

  1. É difícil mesmo. O individualismo é cada vez maior e o coletovo é deixado de lado. Mas há esperança. Ontem subindo Sta Tereza, me deram boa noite rs. Tudo bem que eram turistas rs, mas quem sabe contagia.

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